FUNAAD - Manaíra - PB

Fundação Antônio Antas Diniz

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   SÃO JOSÉ - São José de Princesa / PB
INÍCIO
Parahyba
Famílias

Lampião

  em São José

Revolução

  de 1930

 

HISTÓRIA

SÃO JOSÉ

A região de São José pertencia a Ignacio da Luz, conforme consta da “data de Sesmaria" nº 882 e 1123:

SESMARIA Nº 882 - em 24 de Setembro de 1787

Manoel de Souza Barboza, Thomaz da Silva de Villa-Nova e José de Souza Bizerra, moradores no sertão de Pajehú, dizem que descobriram terras devolutas nas cabeceiras do Piancó de cima, no logar Santo Antonio de Belem, para gados e lavouras; contestando pelo nascente com terras de Manoel Antonio Moreira, indo pelo rio d’Agua Grande acima, e pelo norte com terras de Ignacio da Luz e pelo sul com terras do mesmo denominado Manoel Antonio Moreira, servindo de extrema o mesmo Manoel Antonio e Ignacio da Luz a serra chamada Borburema, e da parte do poente com terras de Gonçalo Nunes, pegando da serra de Antonio Bernardo rumo directo ao sul, buscando no fim o rumo de sudoeste; pedia em conclusão, nas terras confrontadas, três léguas de comprido e uma de largo. Foi feita a concessão, no governo de Jeronymo José de Mello e Castro.” (TAVARES, 1982 p. 427).

Esclarecimentos:

Sertão do Pajehú = Eles vinham de Pernambuco, onde moravam às margens do Pajeú, possivelmente na região de Flores.

Cabeceiras do Piancó = Os riachos de Manaíra correm para o rio Piancó e são considerados com essa denominação de cabeceiras.

Santo Antônio de Belem = Entre os sítios Vaca e Baixio, seguindo pela Cacimba Nova, Umburana e Pedreira, possivelmente incluindo Quixaba e Algodões.

Rio d´Água Grande = É a soma dos riachos denominados pelos sítios por onde passa: após sair de Belem, passa no Baixio, Quixaba, Algodões, Arara, Tapuio, Catolé, onde tem o grande açude Catolé. Daí segue pelos sítios Boi, Imburana dos Viturino, Poço do Cachorro, desaguando naquele que, nos dias de hoje, é conhecido como Riacho Grande. Antes não havia essa fragmentação do nome.

Terras de Ignacio da Luz = São Bento / São José de Princesa

Serra de Antônio Bernardo = Bernardo, Bernarda ou Serra da Bernarda, na direção de Santa Cruz da Baixa Verde (PE) e do Distrito de Pelo Sinal.

Leguas de Comprido e de Largo = Léguas de comprimento e de largura

SESMARIA Nº 1123 em 21 de Janeiro de 1818

José Bizerra Leite morador na fazenda S. José diz que descobriu terras devolutas no termo Pombal que confrontam pelo sul com a data de Alagoa Nova e a de Belem pertencentes a José das Neves e Joaquim Ferreira, pelo norte com a data de Francisco da Silva, pelo nascente com a fazenda S. José pertencente ao commandande Felix Cesar de Jezuz e pelo poente com a data de sobras de Manoel Francisco, e pede por sesmaria as mencionadas terras com três leguas de comprido e uma de largo ou como melhor forma servindo de peão o riacho do Oiti e riacho do Meio. Foi feita a concessão no governo de Thomaz de Souza Mafra. (TAVARES, 1982 p. 523).

Esclarecimentos:
José Bizerra Leite = Já morava em São José, em 1818, sabia da existência de Alagoa Nova e do Riacho do Meio. Foi avô de Cícero Bezerra Leite e de Manoel Bezerra de Macena – o “Doca” -, e bisavô de Zé de Doca e de China, todos conhecidos dos manairenses.

Fazenda São José = São José de Princesa (PB)
Terras devolutas = Terras sem dono
Termo do Pombal = Àquela época toda a região fazia parte de Pombal, posteriormente passou a Piancó.
Pelo sul com a data de Alagoa Nova = Muito antes de 1818 já existia a data de Alagoa Nova. Não era simplesmente um ponto de referência, mas uma data de Sesmaria.
Riacho do Oiti = Entre os sítios Bom Jesus e Salgada.
Riacho do Meio = Ao lado do Sitio Cajueiro, distante 4 km de Manaíra.

 

Início do documento de registro da Sesmaria nº 1123, citada acima.

A denominação da localidade originou-se da Fazenda São José, pertencente ao Comandante Felix Cesar de Jezuz, conforme citado no documento da “Sesma-ria nº 1123, em 21 de Janeiro de 1818”, informada mais à frente.

Esse nome foi enfatizado quando, em 1822, o Padre Marçal trouxe consigo uma imagem de São José, para a inauguração da Capela. Nessa época, o Povoado estava em evolução, tendo um movimentado comércio, lojas e cartório, frequentados pelos habitantes da região. Os principais comerciantes eram das famílias Ferreira e Bezerra.

A história que consta nos registros do IBGE diz que, no ano de 1801, chegaram a esta terra dois irmãos, um deles chamava-se Félix Ferreira da Luz. Não cita o nome do segundo. É muito provável que esse irmão não identificado seja Ignacio da Luz e que a data seja anterior ao ano 1801 citado.

Diz ainda o histórico informado ao IBGE: “Andavam à procura de terras boas para trabalhar, mas não encontrando água nem casa para morar, dirigiram-se ao pé da serra, lugar que batizaram de Lagoinha. Lá encontraram uma fonte de água permanente que existe até hoje, fizeram ranchos e os cobriram com palha de catolé, planta abundante na região. Começaram a explorar a terra quando apareceram três irmãos pertencentes à família Bezerra, os quais chamavam-se José, João e Antônio, estes eram casados e com filhos; membros dessas famílias casaram-se com os irmãos Ferreira, dos quais surgiram as famílias Lopes e Siqueira”.

Posteriormente tornou-se Distrito, criado com a denominação de São José, pela lei estadual nº 318, de 7 de janeiro de 1949, subordinado ao município de Princesa Isabel.

Quando ocorreu a divisão territorial em 1 de julho de 1960, o distrito de São José continuou figurando no município de Princesa Isabel. Permaneceu assim também na divisão territorial de 17 de janeiro de 1991.

Foi elevado à categoria de município com a denominação de São José de Princesa, pela lei estadual nº 5921, de 29 de abril de 1994, desmembrado de Princesa Isabel. Constituiu-se em distrito sede, e foi instalado em 1 de janeiro de 1997. Essa configuração permaneceu inalterada nas divisões territoriais de 2003 e de 2007.

FAMÍLIAS

Demorou

LAMPIÃO EM SÃO JOSÉ
REVOLUÇÃO DE 1930

 

 
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