FUNAAD - Manaíra - PB

Fundação Antônio Antas Diniz

Cultura, Educação, Ética, Fraternidade, História, Ação Social

   TAVARES / PB
INÍCIO
Parahyba

Revolução

  de 1930

 

HISTÓRIA

TAVARES

A história do município remonta ao século passado quando o Padre Francisco Tavares chegou à região, então habitada por umas 8 de famílias. Ao examinar a fertilidade da terra e suas condições climáticas de um sertão promissor, resolveu fazer paradeiro nesse lugar e lutar pelo ideal de povoar uma vila.

Por volta de 1870, confrontou-se com o senhor Major Florentino, da região do Mixila (Sítio), que tivera, também, o propósito de formar um vilarejo na região de origem, contra as bênçãos e as ideias do padre, chegando a fundar uma feira livre lá no referido sítio, apressando, dessa maneira, a ação criadora do padre que, debaixo de um Juazeiro, bem no centro de Campina (local onde hoje fica a rua principal) celebrou a primeira missa e edificou um altar improvisado de varas, elevando ao mesmo tempo a imagem do arcanjo São Miguel, que posteriormente recebera do proprietário local, Sr. Manoel Antônio do Nascimento, o qual doou, ainda, quatro hectares de terra como primeiro patrimônio da paróquia de São Miguel. Tal fato teria se dado em 4 de fevereiro de 1874, quando o povoamento do sítio Campina contava apenas com duas residências: uma na fazenda Casa Nova e outra na Lagoa dos Paulinos.

Para celebrar o seu povoamento o padre Francisco Arcoverde Tavares edificou uma capela, em 1874, em terreno de quatro hectares, doado como primeiro patrimônio. Foi utilizada a imagem de São Miguel, na condição de Padroeiro, o qual ficou sendo homenageado por nove noites seguidas, na segunda quinzena de cada mês de setembro.

A escolha de São Miguel Arcanjo como padroeiro da cidade teria sua razão numa homenagem póstuma, prestada ao filho do doador da imagem e do patrimônio da paróquia, que se chamava Miguel e que teria sido devorado por uma onça nas proximidades da lagoa dos Paulinos. Quanto ao nome Tavares, o mesmo seria uma homenagem ao sacerdote Francisco Tavares, pelos seus relevantes feitos.

Com a chegada do Padre, foi edificada uma capela em homenagem ao arcanjo São Miguel, atual padroeiro. O município alcançou sua independência político-administrativa, através do Projeto de Lei n.º 2.150, em 10 de Setembro de 1959, sendo que, sua emancipação política e administrativa ocorreu em 17 de Novembro de 1959.

 

REVOLUÇÃO DE 1930

 

TAVARES: Dinamite e fogo, pouco sobrou de suas casas comerciais

... Ocorreu pelo fato de ter sido escolhida, previamente, como um dos três pontos estratégicos para sediar as forças estaduais, antes do ataque final a Princeza. As bases seriam Tavares, Nova Olinda e Alagoa Nova, com uma coluna militar de 100 soldados em cada uma. Todo o aparato e estratégia militar concentraram-se em atingir esses três objetivos, visando isolar Princeza e criar um cerco que permitisse a invasão conjunta dessas três colunas.

Não se estabeleceu entre os pontos atingidos pelas colunas, isto é, Alagoa Nova, Cajueiro e Tavares, uma rede de ligação por intermédio de pequenos estacionamentos, e destes com o Estado Maior, em Piancó. Isto facilitaria a marcha dos aprovisionamentos e uma ligação entre as colunas para coordenação de novos planos ou marchas á frente, visando estreitar o círculo de ação dos rebelados. O resultado foi que tal desarticulação prejudicou a atividade repressora, fatigando os homens e consumindo a munição.

Quando conquistada uma posição, a tropa tinha que nela se fincar até a alma, e sustentá-la de qualquer jeito, mobilizando todos os elementos para não perdê-la e gritar, gritar mesmo, por munição e viveres, porque do contrário, se aventurava a vê-la recair em mãos inimigas como aconteceu com a Coluna Leste em “Sitio Nôvo”.

Em Tavares a tropa estava faminta e sitiada, não tinha como partir para um ataque. Afora os desdobramentos ocorridos no Litoral, foi um alívio para tantos interioranos, a morte do Grande Presidente.

 

 
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